sexta-feira, 21 de maio de 2010

Apetece-me...

Palavras ditas assim
Só revelam o que perdi,
Dessincronizam o meu coração.
As gotas que me caem das mãos
Só ganham vida e cor no chão,
Afastam a dor que há em mim
E reflectem-se em ti.
Finjo que não
Mas dou vida à solidão
Eu troco o azul do céu por um sorriso teu.
Nada faz prever
O que o destino irá dizer.
Será que o teu amor perdoa um erro meu?
Só meu.
Nadei num rio de cetim,
Fiz do abismo o meu jardim,
Beijei as curvas de uma ilusão.
Vi calar a voz da razão
Fiz do silêncio o meu perdão
E aceitei desvendar outro véu,
Tirei o brilho do teu céu.
Finjo que não
Mas dou vida à solidão
Eu troco o azul do céu por um sorriso teu.
Nada faz prever
O que o destino irá dizer.
Será que o teu amor perdoa um erro meu?
Só meu.
Se és
Com quem desejo adormecer,
O amor a ti devolvo,
Na solidão te espero.
Sou eu e tu,
Destinos em comum
Poema musical.
Aconchegados no som
De profecias em tom
De um soneto astral.
Amantes ancestrais,
Amigos triunfais
Unidos por um dom.
Adónis sem igual,
A musa em flor-de-lis
Um pleno divinal.
Finjo que não
Mas dou vida à solidão
Eu troco o azul do céu por um sorriso teu.
Nada faz prever
O que o destino irá dizer.
Será que o teu amor perdoa um erro meu?
Só meu.
(…)
Adónis sem igual,
A musa em flor-de-lis -
Um pleno divinal.

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